DOR
Suetonio de Albuquerque Sarmento
A dor de ser poeta
é minha,
de mais ninguém.
Não divido a minha dor,
com mais ninguém.
Não agora,
quando ela é quase amor.
Divido a minha duvida.
Divido a minha divida,
mas, a dor de ser poeta
nasceu comigo,
junto ao ventre livre
de minha mãe.
Somos da mesma placenta.
O poeta e a dor,
a dor e o poeta,
se completam,
na solidão da noite.
Só eles entendem,
a escuridão do Araguaia.
O meu gemido,
é canção prá dor,
que, as vezes,
finge que não escuta
e metaboliza os meus ais,
como declaração
de amor.
E nessa briga infame
e constante,
meu coração se arrebenta
de paixão,
e até sente a dor
que a dor não sente,
quando proposta
a separação.
A dor de ser poeta,
já era minha,
mesmo, dentro da feliz geografia do Prado,
Trapiche,
Tabuleiro,
Jatiúca
e Pontal,
até mesmo, na igreja de São José,
a minha dor lá estava
em cima do pedestal.
Como dela seprar-me agora?
Somos uma simbiose,
precisamos de vidas,
para poder respirar.
4 comentários:
Estou muito feliz. Há um bom tempo sei que o Senhor é Artista, Músico e Professor. Descobri agora que também é Poeta. E dos bons.
Enock de Carvalho Oliveira
Meu Ir. Enock, muito obrigado pela sua intervenção.
Oi tio,bom dia! Participando do seu blog mato a saudade e a cada dia vou conhecendo um pouco mais o mundo dos artistas. Parabéns pela poesia e por nos ajudar a ver o mundo ao nosso redor com o olhar de poeta.
Beijos, Joseane.
Bom dia tio! Antes apenas visitava seu blog, hoje tenho o imenso prazer de ser parte integrante dele, pois precisamos de algo que nos enriqueça neste mundo virtual, e no seu blog encontramos de tudo um pouco: cultura, fatos e notícias, situações cômicas..., literatura para todos os gostos, com muita clareza e objetividade. Adorei a poesia, lendo-a consigo até imaginá-lo recitando para nós. PARABÉNS.
Beijos, Italúzia.
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