DE QUE MAL-ESTAR A CIVILIZAÇÃO ESTÁ PADECENDO?
A busca de satisfação desmedida do ser humano hoje, o tem levado à crises permanentes de angústia, ansiedade, estresse e medo.
O sujeito está tão sem controle, quanto a natureza sem controle está. O respeito às individualidades do Outro e o respeito pela natureza foram trocados pela trangressão das identidades culturais, pessoais e das fronteiras como muito bem diz Stuart Hall em sua obra identidade cultural (1997). Percebemos aqui, a perda dos referenciais interno do sujeito, e a sua subjetividade, colocadas em questão.
Somos sujeito de uma época, de um tempo e como tal, pertencer a qualquer cultura nos dias atuais, é viver sob impactos constante de destruição, de horrores latentes, sutis, agressivos. É desumanizador. É uma guerra perversa.É sabido que na guerra, o cidadão pode, com horror, convencer-se do que ocasionalmente lhe cruzaria o pensamento em tempo de paz - que o Estado proíbe ao indivíduo a prática do mal, não porque deseja aboli-la, mas porque deseja monopolizá-la.
Assistimos a tudo isso, de cadeira cativa, ainda no século XXI. O perverso fez seu percurso no sem limite, manipula, ri, induzindo ao menos avisado nas suas estratégias de sedução e poder. É assim com a política no mundo: deixa claro que pode invadir qualquer nação, faz isso em nome do Bem; Com o crescimento econômico globalizador?
Também, é o "Bem da coletividade", que é subjetivo; mudar o curso da natureza? É a favor do "Bem comum"; pais e filhos não são mais pais e mães, "são Amigos" em nome da concordancia e dos desejos satisfeitos dos filhos. E assim caminha a evolução do comodismo, da negligência, da permissividade,da intolerância, do-tudo-pode etc e tal.
Para o refreamento do ser humano das sua "pulsões destrutivas", à cultura impõe o reconhecimento de que, "para O PRAZER, O GOZO TEM LIMITES."Essa afirmação dita por Freud em 1929, denominou de "mal-estar da civilização". O homem civilizado para ser feliz, viver bem, ter segurança, precisa inibir, frear, mesclar,reverter, compreender, transformar suas atitudes, os seus impulsos negativos, dirigindo-os a satisfações outras, mais humanas, com responsabilidade na busca da qualidade de vida para si, para o outro, para o planeta.
Certamente, esse desafio não foi, não é e não será tarefa fácil, já que convivemos com a promessa de felicidade, ofertada pelo discurso alucinante da ciência; pelo capitalismo; na aquisição de objetos apresentados pelas propagandas e as exigências de informações do discurso tecnológico e globalizador que tem oferecido fórmulas mágicas, explicações matemáticas. Será que tudo isso é alucinação, paranoia ao que estamos assistindo todos os dias em imagens?
Simone Sarmento Lima é Psicóloga e B.el Letras
A busca de satisfação desmedida do ser humano hoje, o tem levado à crises permanentes de angústia, ansiedade, estresse e medo.
O sujeito está tão sem controle, quanto a natureza sem controle está. O respeito às individualidades do Outro e o respeito pela natureza foram trocados pela trangressão das identidades culturais, pessoais e das fronteiras como muito bem diz Stuart Hall em sua obra identidade cultural (1997). Percebemos aqui, a perda dos referenciais interno do sujeito, e a sua subjetividade, colocadas em questão.
Somos sujeito de uma época, de um tempo e como tal, pertencer a qualquer cultura nos dias atuais, é viver sob impactos constante de destruição, de horrores latentes, sutis, agressivos. É desumanizador. É uma guerra perversa.É sabido que na guerra, o cidadão pode, com horror, convencer-se do que ocasionalmente lhe cruzaria o pensamento em tempo de paz - que o Estado proíbe ao indivíduo a prática do mal, não porque deseja aboli-la, mas porque deseja monopolizá-la.
Assistimos a tudo isso, de cadeira cativa, ainda no século XXI. O perverso fez seu percurso no sem limite, manipula, ri, induzindo ao menos avisado nas suas estratégias de sedução e poder. É assim com a política no mundo: deixa claro que pode invadir qualquer nação, faz isso em nome do Bem; Com o crescimento econômico globalizador?
Também, é o "Bem da coletividade", que é subjetivo; mudar o curso da natureza? É a favor do "Bem comum"; pais e filhos não são mais pais e mães, "são Amigos" em nome da concordancia e dos desejos satisfeitos dos filhos. E assim caminha a evolução do comodismo, da negligência, da permissividade,da intolerância, do-tudo-pode etc e tal.
Para o refreamento do ser humano das sua "pulsões destrutivas", à cultura impõe o reconhecimento de que, "para O PRAZER, O GOZO TEM LIMITES."Essa afirmação dita por Freud em 1929, denominou de "mal-estar da civilização". O homem civilizado para ser feliz, viver bem, ter segurança, precisa inibir, frear, mesclar,reverter, compreender, transformar suas atitudes, os seus impulsos negativos, dirigindo-os a satisfações outras, mais humanas, com responsabilidade na busca da qualidade de vida para si, para o outro, para o planeta.
Certamente, esse desafio não foi, não é e não será tarefa fácil, já que convivemos com a promessa de felicidade, ofertada pelo discurso alucinante da ciência; pelo capitalismo; na aquisição de objetos apresentados pelas propagandas e as exigências de informações do discurso tecnológico e globalizador que tem oferecido fórmulas mágicas, explicações matemáticas. Será que tudo isso é alucinação, paranoia ao que estamos assistindo todos os dias em imagens?
Simone Sarmento Lima é Psicóloga e B.el Letras
Um comentário:
Parabéns a Simone e sugiro que essa meditação possa ser explorada e quem sabe se tornar um livro. Sugiro mais, que os três: Suetônio, Simone e Emerson pensem em um livro juntos, no qual o tema pudesse ser "Felicidade". Numa mesma família pessoas com o dom da escrita assim, não pode ser desperdiçado. Pensem nisso!!!
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