Mais do que em outras épocas, a adolescência, hoje, é a vivencia adulta precoce, amadurecida a carbureto, pois as transformações do tempo, do erotismo, da liberdade ao extremo, tudo está no ar. É a chamada eroticidade no tempo-espaço, é o mundo globalizador em alta, é a liberdade ditatorial do mercado de consumo com belas imagens multicoloridas à venda!
Crianças, adolescentes e adultos jovens viraram objetos com conotação sexual, fazendo parte da sociedade do espetáculo, tamanha é a apelação nos outdoors, nas telinhas dos celulares e seus similares, e nos computadores.
Pura contemplação! Crianças deixam de ser crianças, e adolescentes deixam de ser adolescentes, impelidos à exposição pública, numa apavorante abundância de informações, sem formação, onde a liberdade e liberalidade se misturam e confundem, e a ordem familiar é rompida.
É sem dúvida alguma, que o tempo hoje, prefere à eroticidade, à indignação!
A geração que fez a revolução sexual, que vivenciou a fase do paz e amor, que aderiu ao relacionamento liberal e a contestação à ordem social se encontra atônita com a vida sexual de seus filhos, consequentemente, não sabe por limites, tem receios em abordá-los. O inadimissivel é a falta de autoridade paterna, que vem afetando o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes na busca da confiabilidade familiar, na construção de uma identidade e no aprimoramento de uma independência futura.
E por falar sobre a erótica do tempo hoje, século XXI?
Tentativa de alertar pais e mães a sairem dessa letargia, desse marasmo que acaba com a vida das crianças, adolescentes e adultos jovens!!!
Atentarem para o perigo. Muitas vezes, não se dão conta que o perigo reside em casa e fora dela, interferindo abusivamente no comportamento dos filhos.
É só verificar como os jovens estão desnorteados! A violência aumentou, assassinatos, suicídios e desvios de condutas também. São alarmantes os níveis de angústia, ansiedade e estresse! Filhos cada vez mais nos consultórios de psicólogos e psiquiatras.
Os transtornos compulsivos em alta, relacionadas aos padrões estéticos, a anorexia, bulimia, a baixa autaestima, a prática do sexo, as dsts-hiv-aids, as disfunções sexuais em jovens. Poucos são os pais e mães que sabem lidar com a iniciação sexual dos seus filhos. A precocidade e a liberdade deles é mesmo de tirar fôlego de qualquer adulto. Tudo é vivenciado rapidamente e descartado logo em seguida.
A princípio é preciso investigar o que ocorre com a familia e suas relações afetivas: como estão? Quais fissuras?
Simone Sarmento Lima é Psicóloga e B.el Letras
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